VIVER UM AMOR
(Sócrates Di Lima)
As vezes eu quero viver um amor,
apenas em estado de poesia,
Neste estado ele não causa dor,
tampouco melancolia.
Viver um amor,
entre a água e o fogo
a serpente e uma estrela
suprimir a alegria pela dor,
com mil possibilidade de te-la
num infinito tabuleiro de um jogo.
As vezes eu quero adormecer,
Apenas no último amor que vivi,
e nunca mais despertar e ter,
que sofrer por tudo que já sofri.
Vivo de fato, dois amores aqui,
um que já se faz morto ou adormecido,
e outro que não conheci,
talvez nem correspondido.
Viver o amor é viver uma outra vida,
uma vida escrita apenas em versos de poesia,
Porque a vida real vivida,
O amor é mera conjunção carnal e fantasia.
Viver um amor nesta era...
É algo assim do tipo complicado,
A parceria dura pouco igual primavera,
E termina para recomeçar em outra fado.
Corações maltratados que se apedra,
se faz em aço sem sangue pra correr,
Frio ele se faz insensivel de regra,
Não se importa que sem amor venha morrer.
Talvez eu viva um amor do passado,
que fez-me viver em estado insandecido,
Ou talvez viva um amor não recompensado,
Platônico, jamais reconhecido.
E assim, em meio a tons cinzas e negros,
Meu coração vive o amor só em estado de poesia,
Longe, talvez, dos amores gregos,
Amanheço e entardeço nos sonhos da fantasia.
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Dimensões Que entrelaçam,
Universos paralelos,
Levam-me neles imerso,
Com amores que não passam...
Valeu Poeta, obrigado.