VIVENDO POESIA
(Sócrates Di Lima)
Nasci no estado de melancolia,
mas aos poucos me fiz gritaria,
ao longo da vida me fiz poesia,
gritei o amor de noite e de dia.
Viajei pelos desertos dos meus sonhos,
pelas florestas dos meus pecados,
Voei pelos campos tristonhos,
fiz-me na alegria da vida até num ser mal amado.
Hoje nas páginas escritas de poesia,
canto meus amores não esquecidos,
e os que virão feito magia,
tomará conta dos meus desejos adormecidos.
E assim viajaria nos palcos das poesias,
nas danças dos teatros de cantoria,
onde o amor os corações vigia,
Fazendo festas e folias.
Ah! que nos mares dos ocultos corações,
navego em meus versos com remos de fantasias,
choro o amor que foi e trancou minhas emoções,
Na espera do nascer de outro amor em estado de poesia.
Morrendo no estado de melancolia,
vivo entranhado no ventre do amor de magia,
embrionado no útero da esperança que via,
nos olhos da criança que eu fui um dia.
O que ontem eu vivi foi embora,
não ficou nem para marcar minhas horas,
Com o tempo a memória se rebelou minha senhora,
E fez-me reviver a saudade que revivo agora.
Encanto-me senhora, com a ardência de um fogo ativo,
que queima o corpo na vontade do bem querer um dia
de amar na rima e sem rima da poesia que vivo,
Ainda na esperança de viver um grande amor de poesia.
E se eu vivia longe dos braços de você,
Fui andarilho da solidão que me perseguia,
E hoje vivendo a poesia que tem o seu porquê,
Querendo me reinventar neste estado de poesia!
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Em poesias, tudo posso,
E sem amor impossível..
Sendo a luz o pão nosso,
E o céu, um lar plausível...
Obrigado Poeta Jacó Filho pela interação.