Esse amor que chega a doer,
é amor de poeta,
amor que chega a tremer,
Estremercer quando se manifesta.
Esse amor que dói por doer,
Não é ferida, mas é fenda eternamente aberta,
Sempre esperando viver e sobreviver,
nas suas querências incertas.
Amor que sangra sem se derramar,
sem as lágrimas de tristeza qualquer,
É amor verdade de quem se deixa amar,
na esperança de ser amado por essa mulher,
Esse amor meu que não me cega,
Mas me deixa de coraçao aberto em luz,
Nada do pessado a esse amor se apega,
É único que no caminho da alma conduz.
Esse meu amor doi, sim...
Nao de dor de ferida aberta,
Uma dor santa dentro de mim,
Que se move, se recria, se atesta.
Fernanda, dói esse amor, de tanto amar,
Como último amor a caminho do amanhã,
Seguindo o tempo no seu largo caminhar,
com aquela intensa vontade e afã.
ah! Esse amor que não é de faz de conta,
Certo que platônico, porém real,
Um amor de cobertura feito um véu e manta,
organdi numa transparência sem igual.
Amor de um anjo selvagem,
que range e cavalga em noites escuras,
Buscando na escuridão sua imagem,
Eterno anjo, sublimes formosuras.
E se eu a amo nesse amor que sinto doer,
Apertar o peito como não mais couber,
É um amor que grito para você ouvir e saber,
Que é um amor que lhe dou enquanto vida eu houver!