O melhor a fazer é me despir da mortalha
e atirá-la ao cesto de roupas velhas
fechar as portas e janelas antes que passem as flechas
e assim pelas frestas lançar o meu olhar ao futuro.
E com o que antes de querer para mim
quis para ela, a estrela mais bela
hei de fazer o que me pede o juízo:
meu amor recolher, e partir
como se nunca tivesse existido
tomar o primeiro avião para Paramaribo
e renascer em outro lugar.