Algumas pessoas mergulham na multidão de vozes e passos para não ouvirem os próprios gritos; outras, mergulham na solidão para que ouçam a si mesmas. E ainda há aquelas que, no mergulho interior, se perdem nas águas da própria infinitude; se emergem, esquecem de quem foram um dia... Cheguei à conclusão que ando preferindo os mergulhos menos profundos... Entender-se pode ser tão complexo que deixar um pouquinho (só um pouquinho) de mistério pra eu mesma não (me) desvendar por completo pode ser uma forma de viver mais plena, ou instigante, nem sei... Haverá sempre a possibilidade, quem sabe, de “me descobrir” (e me renovar, em menores partículas) um pouco a cada dia.