ESTRADAS E CAMINHADAS (Sócrates Di Lima) Se pra casa eu voltei... das estradas por onde andei, Muita coisa eu passei, Por ela sozinho não caminhei, Nas noites em que sonhei. E seguindo os caminhos, pousei em doces ninhos, Repletos de carinho, Nas asas do Eu passarinho. Dos amores que vivenciei, Sanos e loucos eu aprovei, foram sonhos que sonhei, e os vivi por onde andei... E assim nas caminhadas, Em largas e estreitas estradas, Em asfato e pedras britadas, Vivi, as emoções mim predestinadas. E se no cotidiano me reciclei, Tanta coisa eu levei, outras eu deixei, aprendi e ensinei, A viver o amor que desenhei. E se enganos eu experimentei, cometi sandices e pequei, Mas, enfim ressuscitei, dos amores que me entreguei... E como passa a vida assim, Como estações em seus jardins, Fora e dentro de mim, Busco viver com minha querêncis e afins. Assim é a minha doce alegria, Nas trovas das poesias, No real e em fantasias, Sigo a vida com maestria. E se o tempo já passou, Outro tempo já chegou, A voz do medo se calou, E grita a alma as canções que não cantou. Como longa é a vida! Com as grandes cavalgadas, O amor é a doce lida, de viver em retiradas de suas próprias caminhadas.