(Final de tarde, foto tirada por Marina Zanin Lima a meu pedido)
VOLTANDO PRA CASA
(Sócrates Di Lima)
Meu coração amanheceu amarrado,
Um nó sem ao menos saber porque!
Talvez tenha estado mal humorado,
No sonho a gente não vê.
Mas, sem problemas,
nada como uma estrada,
Este mal humor logo passou, só emblemas,
Imagino não tenha sido nada.
É longa a estrada, eu bem sei,
Até chegar na Anhanguera,
Ali, talvez pegue um pouco, já imaginei,
Mas, o que fazer, é o caminho que dantes era.
Passando por São Paulo,
Trafegando pelo Rodoanel,
Passando por Campinas, um pulo,
Limeira, Pirassununga, Negro estava o céu.
Atravessando Santa Rita do Passa Quatro,
Através da Rodovia,
Cravinhos logo ali, um salto,
Ainda, se fazia dia.
Longa foi a estrada,
Mas, enfim, cheguando, perfeito,
Lá de cima vi, no pico da chapada
então, a bela Ribeirão Preto.
Nada então mudou por aqui,
Mas, em mim, tanta coisa errada pude observar,
Foram dias de paz, reflexão, pensamentos daqui, dali,
Me reciclei, tanta coisa posso em mim mudar.
Ali, distante, naquele lugar,
Na cidade ou em alto mar,
Meu coração abri e tudo que nele tinha pude despejar,
E com as águas do mar, nas ondas deixei levar.
Mas, algumas coisas, ainda, teimam em ficar, ficaram,
Coisas do tipo, assim, saudades,
Mas, nada que o tempo não faça cada lembrança passar,
Até o dia em que nada mais há de ficar.
Mas, uma coisa é certa,
Nada foi ruim, afinal, deu tudo certo,
O tempo se encarrega em mostrad a seta,
Levando o coração e a mente para um interminável deserto.
E lá, os ventos e as madrugadas frias,
Tudo, então deixará enterrado,
Só não vai acabar a poesia,
Porque nela, tudo é narrado.
E que Deus renove meu coração,
E no meu corpo coloque asa,
Pois, agora, o que preciso é de meditação,
Por isto, estou voltando pra casa.
E lá atrás ficou o mar,
Sua beleza e o seu esplendor,
Foram dias de intenso pensar,
E abrir meu coração para um novo amor.