Com as ferramentas de mim,
Ordeno minha composição,
Recomeço e vou até o fim,
Refazendo minha reconstrução.
Parei no meio do caminho,
Só construi metade de mim,
E nessa metade me fiz em carinho,
Amei...amei...mas, de amor cheguei ao fim.
E nessa metade que me fiz,
Muito de mim entreguei...
Muitos caminhos refiz....
Muito..muito...amei....
Mas, não me basto pela metade,
Preciso terminar de me reconstruir,
Marreta de sonhos, em estaca de saudade,
Quebrarei os 'blocos brutos que me fez resistir.
Moldarei meu corpo em prazer...
farei um colo para repousar o amor...
Pouco a pouco farei o resto acontecer,
E este resto de mim, será sem nenhum pudor.
Reconstruirei meu coração...
em Pedra bruta talvez o farei,
Cobrirei em aço a minha emoção,
Em razão, enfim, me farei.
Lágrimas de amor, nunca mais,
Implorar e mendigar, jamais...
Coisas que ficam no meu velho Eu, que jaz...
Nos escombros dos gritos dos meus ais....
Assim, com as ferramentas das minhas ilusões,
Quebrarei pedaço por pedaço qualquer decepção,
Farei em pó toda e quaisquer solidões,
E enfim, já me fiz novo, nesta minha reconstrução.