Quando me deito,
E o travesseiro me acolhe,
transcendo...
Começo uma viagem,
Pelo meu subconsciente...
que sorri,
na expressão facial,
que eu não vejo
mas se faz transcendental,
e arrebata-me do meu Eu,
Assim...
Minha alma levita,
E meu corpo estendido sobre o leito,
como se em conchinha,
trago você para perto de mim...
Meu pensamento veleja,
voa,
corre estradas,
corta caminhos,
e lhe traz para estar comigo.
Quando me deito,
O meu peito,
Se carrega em luz,
Para receber o teu peito,
Ao fogo vulcânico que se faz em erupção,
Que só não queima o colchão,
porque o suor que vaza do meu corpo,
silencia as labaredas que fogem de mim...
E se assim não fosse,
Meu corpo depois silenciaria,
E faz o aconchego da madrugada,
no leito já não mais frio,
Que abriga sua alma,
Quando vem me visitar.
Quando lhe trago comigo,
Todas as noites,
Quando me deito,
E continuo minha viagem,
Na imagem que tenho de você,
Num afago interminável,
Até o dia amenhecer,
E o Eu acordar...
para esperar o anoitecer chegar,
e lhe receber,