POR ONDE ANDA O MEU AMOR(Meu perfil pra hoje)
(Sócrates Di Lima)
Sentado á margem de um riacho,
Observo a água cristalina,
Raios de Sol parece um facho,
De luz misturada à água da mina.
Pequenos peixes transparentes,
Gorjeios de aves em revoada,
Flores e borboletas envolventes,
Numa paisagem pela natureza pintada.
Por um instante olho ao meu redor,
A vida verde se mistura ao amarelo,
Relva orvalhada fazendo melhor,
Um momento especial de tão singelo.
Ai então perco meu olhar no horizonte,
Divago por um instante,
Em devaneios me deixo levar à fonte,
Que o pensamento vaga , um viajante.
Por onde anda o meu amor,
Como seria a sua face,
Será que se pareceria com uma flor,
Ou será que carregaria algum disfarce.
Como seria ela então,
Loura, morena, negra, amarela ou ruiva?
Será que conquistaria o meu coração?,
Ou será que me perderia numa curva!
Será que ela teria mãos e fada,
Será que ela teria tanta paciência,
Será que cruzaria a minha estrada,
Trazendo na alma tanta querência?
Será que ela teria olhar de vagalume,
Um soriso de primaveril?
Será que dela e teria ciume?
Ou pintaria meu céu de anil!
Onde andará esse meu amor,
Seria uma louca mulher,
Seria sem nenhum pudor,
Seria assim, como minha querência quer?.
Seria ela compulsiva,
Ou tão estranha que não me convenceria,
Só não pode ser perfeita e nem obcessiva,
Porque então, nunca será e nem seria.
Mas não importa como ela deve ser,
Só tem que me amar intensamente,
E mais importante, saber,
Se eu a amaria loucamente.
E se ela não existir,
E com ninguem se parecer,
Não a esperarei vir,
Sobre ela passo a escrever.
Talvez ela esteja lendo estes versos,
Mas, ainda, não se deu conta desse amor,
Mesmo que queira, não encontrará no universo,
Outro amor que lhe espera como a rosa espera o beija-flor.
Fora isto, se na minha estação desembarcar,
Por certo, um grande amor aqui vai encontrar,
Dar-lhe-ei tudo de mim, e com ela aprenderei a amar,
Para nunca mais outro amor nenhum de nós, procurar.