No ultimo suspiro a saudade morre,
Quando o coração já não sente mais nada,
Quando a alma não se socorre,
E nem se importa de ter sido amada.
O amor não tem filosofia,
Mas tem suas regras e tratados,
Pactos de permanência e a magia,
Dos laços de amor prometidos.
E quando o tempo passa e se percebe,
Que tantas vezes do amor se socorreu,
E a este sentimento se concebe,
Que o resgate da vida nunca feneceu.
Mas, um dia, vem a separação,
Um e outro já não suporta mais a convivência,
Não do amor, carinho e dedicação,
Mas, das intempestividades e impaciências.
Mas o que importa é que o tempo caça,
Toma conta de tudo e se faz o grande senhor,
E com ele nada pode, tudo passa,
Se encarrega de fazer passar também o amor.
Esse amor então transmuda,
Passa do viver real para adormecer,
Ficar ali guardado de boca muda,
Escondido até um dia morrer.
Quando já não há mais pertinência,
Tudo já não faz mais sentido e nem vitalicidade,
Nem uma nova sequência,
É quando então, sozinha enfraquecida, morre a saudade.