MENINO MOÇO
(Sócrates Di Lima)
Senhora!!!
Sinto-me teu menino.
Pega-me no colo,
Coloca sob meus pés o teu solo.,
Solidifica-me na tua vida.
Senhora....
Nesse corpo esguio.,
Faz-me sentir calor... frio,
E depois de me perder nos teus
Abraços.,
Cala-me os lábios nos teus braços,
Embriaga-me no perfume de tuas Flores.
Senhora....
No silêncio de tua alma,
Desagita e me acalma,
O corpo, a libido...
A maravilhosa fantasia de ter-te.,
Nos momentos lúcidos dos meus afetos.
Senhora...
Não te descuide desse teu menino...
Que já não é mais menino tampouco moço,
Mas, no inusitado esforço.,
Da mente, da alma, do coração,
Inda jovem... portanto, justo menino.
Senhora...
Eu sei que a realidade e a fantasia.,
São temperos da agonia,
De te ver e te sentir distante.
Senhora...
Eu sei que a dor de uma incisão da alma,
Não corta o espírito, tão pouco sangra...
É ferida indolor que não cicatriza,
Quando pela fenda da incisão da vida.,
O bem amado arranca sua raiz.
Senhora...
Não te percas de mim...
Se não me amas, pelo menos não põe fim,
A esse canteiro que um dia foi jardim.
Senhora...
Fecha os teus olhos e ouça os sinos,
Dos badalos do coração,
Da voz que te chama...
Da voz desse amor indômito,
Da melodia sublime desta canção.