NO COMPASSO E DESCOMPASSO DA VIDA (Sócrates Di Lima)
No compasso da vida,
O descompasso do coração,
Nas batidas dos sinos,
Os encontros de almas,
Que andam soltas,
Desencontradas,
E inesquecidas. certo é um olhar para o horizonte,
E a fonte do amor vive,
Mina,
Escorre,
Por entre veios,
E se faz rio,
Buscando o mar.
No compasso dos sentimentos,
Os momentos,
Que podem ser vividos,
Pois, nunca foram esquecidos,
Nem perdidos,
Na vaguidão do tempo.
E o corpo que silenciado,
Na mortalha da saudade,
Se apazigua,
E se abre feito leque,
Flor de abrindo
para a vida
Como o Sol do matinal.
E assim, no percurso da estrada,
A distância se reduz,
E no meio do caminho,
O amor seduz,
E produz desejos,
Compassados,
Descompassados,
Pela vontade que as almas sentem,
Nos fluxos e refluxos da vida,
Nas flexibilidades das vontades.
No compasso das querências,
Faz-se os descompassos dos sonhos,
Quebrados pelos intempéries.
É a água da mina,
Que não volta,
Mas, no sentimento,
Se faz fonte,
Atravessa o horizonte com o olhar,
E a alma se santifica,
Regozija,
Se ajoelha,
E os olhos chamam,
Pedem,
O corpo atende,
E as almas dantes descompassadas,
Na distância que os corpos as separam,
Se compassam,
E faz o encontro do amanhã,
No eterno desejo de amar,
Sem amar, Basta mesmo que.. Basta que um queira, Basta que um sinta, Basta que um faça, Basta que o outro queira, Basta que o outo sinta, Basta que o outro faça,
Do descompasso, O recompasso, No compasso da vida de dois
Fechado em um
compasso,
no passo da vida.