Não! Você não precisa tomar aviões e mais aviões para ir a um ashram numa pequena aldeia de uma região muito pobre do sul ou do norte da Índia à procura de um swami mesmo que este seja um avatar para os seus seguidores e, em lá estando, cantar mantras, obedecer a leis de silêncio e seguir dietas. Você não encontrará sua mãe ou outro ente querido nesta empreitada.
Você não precisa ir ao centro maior de uma religião assistir a ato litúrgico conduzido pela autoridade máxima para encontrar seu filho ou outro ente querido, pois que, eles não estarão lá.
Você não precisa ir a magos, adivinhos e aos que invocam o transcendente que, por vezes, usando de má fé em forma de manhas e artifícios, obtêm aqui e acolá acertos espantosos através dos quais iludem e subjugam espíritos fragilizados. Seu pai querido não estará lá.
Você também não encontrará seu ente querido, no sorriso das crianças, entre as estrelas, no horizonte, no mar, no amanhecer, nos rios, nas flores ou em qualquer elemento da natureza, pois nestas coisas você só poderá encontrar fantasias e poesia.
Também não o encontrará nos mausoléus, monumentos, estátuas, pinturas, cadáveres embalsamados ou seres clonados, pois a verdadeira morada dos mortos é o nada.
Ele também não estará na música ou poemas, nem em pensamentos ou obras que dele perduraram, pois de fato nestas coisas nada mais haverá que lembranças.
Num único lugar, porém, você poderá encontrar esta pessoa: no Consolo do Senhor. Por isso peça-o e se o Senhor do Temporal e do Eterno, apiedando-se de você, enviar-lhe a 'Carruagem do Consolo' resplandecente e perfumada, guiada por anjos amorosos, então você encontrará seu ente querido. Ele estará dentro dela e com você permanecerá até o fim dos seus dias.