A LUZ DA MINHA VIDA

Publicado por: Manuel Marques
Data: 29/05/2007
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Créditos

Autor: Manuel Marques Voz: Manuel Marques
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A Luz da Minha Vida

Como uma criança a crescer desmedida, pelo dia encarcerado no frio nunca sentido nem percebido

e para quê se o triciclo desbrava pedras da calçada e nada havia que impedisse falar com um qualquer anjo a passar

Ah o desejo de parar de crescer, de nunca tomar o caminho da perdição, sem saber, sem querer ler

vi-te assim numa noite estrelada, de braços leves levantados ao céu,

quente, estava quente a noite e tu sorrias, linda, doce e encantadora

Mas houve essa necessidade de esquecer, de conformismo, de tédio e de culpa

para quê o sentido perene da justiça, quando havia que pisar fosse o que fosse?

Oh mas os dias quando se encostavam no cinzento-escuro, quase negro de dor

então pensávamos que aquelas lições de mentira e para podermos crescer em conformidade não podiam ser ideais de vida importantes

Onde já se viu crescer baseado na mentira, no ódio, na crença do preconceito

a esconder o melhor que havia dentro de nós?

Mas ainda assim se houvera crianças, ainda havia quem sorrisse, quem perdoasse

aqueles arrufos, aquelas loucuras acometidas pela gente de palmo e meio

mas toda essa loucura tinha os dias contados, um dia haveriam de ser necessário o sério

o contexto em que perderia toda a graça aquelas brincadeiras típicas das crianças

Então meu amigo, meu querido desejo de voltar atrás no tempo, às corridas imaginárias

às cadernetas de cromos da bola, às corridas de caricas com imagens de jogadores do futebol

As loucuras que fazíamos pela atenção da mais bonita da classe

o primeiro beijo na boca, andar de mãos dadas

Simples? Infantil? E agora o que temos?

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 12/03/2007
Reeditado em 27/03/2007
Código do texto: T410279
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