(Confissões intimas) série

Parte 1

Quem entende a voz do coração ?...

Quem entende a vida e a tristeza?

Quem vive, geme e ama em solidão ?

Que sorriso disfarçado é muito estreito ?

Quem não te ajuda e assim te desespera?...

Que são estas lágrimas que correm como as águas ?

Doloridas e famintas por penar soltando ais ...

Bem sei que a treva arrebata o sonho desnutrido,

fazendo-o presa constante do abismo.

Mas a luz eterna e amorosa,

emergi do amor qual pura rosa

nos invade o peito em perdão

num puro reencontro frente a nova direção

parte 2

Ainda que nem sempre percebamos,

a vida é conflito e contradição.

Tecida com os fios do mistério e da busca,

ou ainda quando distraídos,

trilhamos descuidadamente suas muitas armadilhas.

As encruzilhadas podem ser dúvidas para alguns,

fim para outros...

Mas na verdade é um novo início para quem sabe e se atreve ousar.

Parte 3

Confia no teu coração se os mares se incendeiam...

Pois as árvores são suas raízes e o vento é vento!

Lembra-te do passado, mas acolha o futuro e ainda mais, viva o presente...

Mergulhe nos teus sonhos, pois os sonhos são o alimento da alma,

a força motriz que move o mundo...o tudo!

As vezes percebemos a profunda distância da palavra estrangulada

da boca amordaçada em outra boca

Mas ouça minha voz rouca, pois minha certeza não é pouca!

Pois minha ternura, rompe a noite deslumbrada...

No breve espaço é esperança renovada

Mas se acaso a certeza lhe falta...olha pra dentro de ti...tuas respostas se encontram ali...guardadas.

Mas quando percebo que se esvai a tua calma...Voa ao longe a asa da minha’alma...e cabisbaixa percebo que me perdi...

parte 4

Apesar do terreno desconhecido

e dos imensos túneis que nosso olhar precisa atravessar,

sempre existe a possibilidade de nos encontrarmos conosco

a cada curva do caminho,

se estivermos atentos a esses encontros.

E neles, estarão presentes as vozes da fé e da coragem,

que são igualmente intensas e sonoras,

quando nos decidimos a ouvi-las.

Olhar a vida com menos certezas cristalizadas,

sem convicções exageradas e verdades solidificadas,

de certo, sentir-nos-íamos menos confortáveis,

mas, à luz da dúvida,

certamente ampliará a nossa busca

A essência é imutável,

somos um texto inacabado,

onde podemos recompor a cada momento

a nossa história de vida,

se permanecermos fluídos e maleáveis.

Parte 5

Divago por mim mesma a procurar,

Desço-me toda, em vão, sem nada achar.

Nada tendo, decido-me a criar:

Tudo ouso - borboletas mágicas - pra sonhar

Noites de amor no ar onde a respiração é doce,

a juventude suspensa, no antes que tudo fosse

Meu corpo vestido, meu sonho desnudo...

Da flor dos lábios, do veludo dos olhos:Sabeis tudo — tudo!

Eis as minhas mãos! Quem pode prendê-las?

Ávidos dedos, que no papel rabiscam estrelas...

Um luar tombou, manchando-me a face.

O poema gritou até que em amor me despertasse

Cativa da noite infinita!

A palavra eterna minha única escrita

cada vocábulo é um doar de minhas flores sentidas.

Confissão Íntima – parte 6

A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção que nos impregna, que desabrocha silente em aromas diversos...

Peço - Que a pressa em chegar ( em algum lugar) não me afaste da alegria de ver as flores simples que estão à beira da estrada, que eu não perturbe a caminhada de ninguém, que eu entenda que seguir faz bem, mas que, às vezes, é preciso ter-se a bravura de voltar atrás e recomeçar e tomar outra direção..

Que eu chegue, sim, mas, ainda mais importante, que eu faça chegar quem me perguntar, quem me pedir conselho, e acima de tudo, me seguir, confiando em mim !