ETERNAMENTE EXCLUÍDOS

Publicado por: Manuel Marques
Data: 18/05/2007
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Autor: Manuel Marques Voz: Manuel Marques
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ETERNAMENTE EXCLUÍDOS

Pontifica a relação cordial

Lançando o sorriso de circunstância

Petrificando o amor encalhado no peito

A noite segue o seu caminho inexorável

Rumo ao contínuo prazer de copular

E depois de sujar o corpo e sorrirem satisfeitos

Apenas vestir o preconceito sempre presente

Seguir pela floresta abandonada

Ao som de um baixo eléctrico e melodioso

Aqui jazem os excluídos da sociedade

E depois de avistarem os primeiros raios de luz

Degustarem um pouco mais de cada corpo oferecido

Um grito lancinante que assusta a águia imperial

Algo majestoso que não era preciso interromper

Vibram na insanidade fatal de enganar

E ao contemplar a dor da humilhação

Da doença no coração

Algo impeditivo de provocar felicidade

Os excluídos dançam freneticamente

Sonhando na ignominia de uma insolúvel viagem

Não liguem aos excluídos

Façam de conta que a vossa vida pode ter algo melhor

Envelheçam os sentidos

Recordem as pisadas no caminho tortuoso da vida

Glorifiquem a vontade de desbravar a noção de alegria

Algo que contínuo incessantemente à procura

Alguém que saiba o que é a alegria

Que nunca tive dentro de mim

Não sei o que é

Alguém me explica?

in O MEDO DO DIA SEGUINTE, 2007

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 20/04/2007
Código do texto: T457541
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