POESIA Um dia de cada vez vou descontaminar minha poesia. Travarei lutas com as letras e vou emaranhar-me com palavras. Seguindo o curso dos obscuros significados nos vernáculos poéticos irei versejar glorioso e dilacerar vulgaridades e futilidades. Serei uma artista preeminente e não incidental. Não mais farei emergências poéticas, mas maquinarei, degustarei e desenharei minhas artes, minhas plásticas perfeccionistas em faces lívidas pelo degustar do belo e indomável, porém amestrado animal. Postarei em um imortal túmulo todas as criações precedentes e direi: Eis aí o verdadeiro eu poético! O Orfeu imaculado, em monólogo, sem Eurídice! A poesia com inspirações amestradas. São regras, aprendidas. São artes reverenciadas e inspirações, assim como emoções dominadas!