NOS DELÍRIOS: Canto prá lua & o Mundo da Lua, canta prá mim.
Álvares de Azevedo, um jovem dramaturgo, poeta e ensaísta boêmio de vida tumultuada e tuberculosa no tempo das lagartixas de 1800 e pororocas escreveu: "Se eu Morresse Amanhã" o amanhã fecharia os olhos tristes, prevendo a Glória de seu Futuro coroado de flores no ataúde (morreu, de morte morrida, aos vinte anos), provavelmente sem um tostão no bolso, mas até hoje pode ser considerado como um dos maiores escritores românticos brasileiros.
a dor no peito
a dor no peito
a dor no peito
É PUNK!
Se até Manuel Bandeira, teve sua hora de pneumotórax, poetas tropeçam na morte, distraindo a mente.
A morte deve ser Linda! A tumba gélida deve ser uma magnífica cama macia, um Convite ao Son(h)o Eterno (bem melhor que as camas dos motéis...?!), nada como a proposta de um striptease em chão firme, na sequência alguns passos:
Desmonte o mito da celulite, seja contra a anorexia para balançar os quadris carnudos com as "figuras" de linguagem; olhe fixamente as entrelinhas delirantes de um possível parceiro; apenas provoque no fundo você não irá salvar nenhum anjo caído (ou subitamente erguido da cova); no nada movimente a pontinha dos pés, a cabeça de avestruz e os dedos teclando fantasias... não se inclua a violência assopre a dor (afinal quem quer ler sobre a angústia acompanha todos os noticicìários da TV) no difícil, paradoxo experimente por último cair do salto lembrando que existem colchões de plumas.
A morte no mundo literário é O Curinga, entretanto(s) finjo estar FeliZ ao ler diversas vírgulas, estrebuchando como vermes em pleno sol do meio-dia.
O que me faz ficar feliz? Com certeza não é visitar o supermercado Pão-de-Açucar para encher mais os bolsos do Grupo Abílio Diniz, apesar de tirar o chapéu para seus produtores de comerciais, ao colocarem Arnaldo Antunes para declamar um texto até que interessante, o cantor deve ter ganho um bom cachê, o que posso tirar de bom disto? Talvez sua voz seja uma pura ponte para filosofar... quando algo está em falta, a morte sempre entra em ação e o ser humano é o rei da angústia, se juntando com as flores sobre a terra perfumando c(h)oro dos que por aqui estão e por enquanto ficaram/ão... todos os santos dias.
Dizem, que um escritor que está no meio da dor é capaz de escrever sobre o sal, o cascalho, os chocalhos em silêncio no seu deserto particular: M-a-ra-v-i-l-h-o-s-o.
Escrever sobre o Luto aliviaria sentimentos no processo de morte?
Siiiim!!! Aqui está a Poesia! Marginalizada, de escanteio, dentro de um buraco sem fundo que até um sapo chifrudo teria medo de chegar por perto, mas não irei muito longe, não matarei nenhum batráquio pois sempre serão úteis, contra o ataque dos artrópodes... aqueles míseros insetos, que um dia devorarão minha orquídea tribal selvagem, introjetando as nuances da minha tatuagem no ombro esquerdo.
Ó dor no peito
Ó dor no peito
Ó dor no peito mea culpa, pero no mucho...
Aprenda empinar os seios como dois pêssegos, lute contra a lei da gravidade de Isaac Newton sem os poderes das agulhas e dos silicones, afinal de contas você não quer cair nas armadilhas de um cirurgião marqueteiro qualquer (nem todos tem o dom de um Ivo Pitanguy). Portanto, malhe! malhe! malhe, sem ser escrava da malhação... leia não cansando os neurônios. De vez enquanto evoque algum dom Sapão, este poderá se transformar em um alter-ego, como no exemplo: Convoco o sapo-cururu que se alimenta dos caracóis que abusam das pedras do rio, os besouros, camundongos, insetos e até cobras.
Segundo passo: Mate de vez em quando as divindades: Afrodite, Apolo, Ares, Artemis, Atena, Cronos, Demeter, Dionisio, Hefesto, Hera, Hermes, Hestia, (nesta via sacra, não brinco com a morte eu mato tudo mesmo, levando Hades... para o meio do mato Morreee filho da mãe! Senhor da tristeza do submundo do pesar, das enfermidades, da miséria, fome, cansaço, velhice, receio... o que se pode fazer com um deus que tem o poder de reconstituir a vida de apenas um homem?): ÉS UM BIG BROTHER Made Boston* = húmus*, prossigamos com a jornada da fixação que executa a Morte...
Adeuuus TODO Panteão. Por Zeus! Que família numerosa, sim, liquidemos Zeus, com o Vesúvio e Cia, assim, os deuses pelo menos por hoje passaram para outra... pedras chutadas pela Natureza. Não existem mais, logo não terei que me preocupar com os diabos imortais, nem com os Faustos da vida.
O olho
A deixa
A linha da normalidade que se exploda!
Se alguém não conseguir "visualizar" direito o que escrevo, é porque confunde o mundo no Passado no Futuro e no tempo Presente, ao perceber noutro ser um pouco de tudo que pode existir no interior de: Nós.
Com todo respeito, não perco a honra não entrego o estômago ao punhal, depois de todo este ritual simbólico das letrinhas percebo bem quem são meus possíveis adversários (imaginários).
Por aqui, nada de haraquiri.
Somente BINGO!
BLUES & SEXY BOMB!
Rosangela_Aliberti
São Paulo, 26.III.07 Foto-arte B. Cor.