Lembro quando nossos olhares
se acendiam simultaneamente,
e brilhavam úmidos, como se banhados unicamente,
numa mesma gota de orvalho...
E a mágica atração acontecia,
e a igualdade nascia...tão naturalmente,
como se, mesmo longe,
fôssemos dois pássaros no mesmo galho...
O amor era tão sentido por ambos,
que nada e ninguém o alterava,
e a certeza brilhava em nossas bocas
com a juras que brindavam o nosso momento...
E nos procurávamos, pois a saudade doía,
e separados, a nossa poesia não existia,
era como se não houvesse à nossa volta
nem o mar, nem a chuva, o ar... ou o vento.