Meus brinquedos de criança (Prosa poética) Consigo ver claramente um pedaço de terra Cuidadosamente “varrido” com minhas mãos. Nele eu colocava uma caixinha de sapatos, Representando a minha mais nova casa. Dentro dela, pequenos ramos de arbustos, Caixas de fósforos vazias eram as camas.
Pequenos chuchus-bebês viravam porquinhos, Com palitinhos pra segurar-lhes os pezinhos. Pedrinhas lisas faziam o caminho até a casa E areia fina enfeitava a terra vermelha de branco!
Nunca tive uma boneca de loja, de vestidos de renda mas muitas viviam no meu pensamento... Minha avó as fazia de pano, de tanto que eu suplicava... O barulhinho da velha máquina de costura me encantava! Mais valor tinha a boneca de pano que as rendas e cetim.
Eu gostava de todos os meus brinquedos: eram muitos! Bolinhas de gude (umas seis), um “bilboquê, um catavento, Ferrinho para jogar marcando a terra, vara de pesca, Caixinhas vazias, recortes de revistas velhas, um par de pernas de pau (caía demais), uma bola de pano. Amava os parquinhos e barquinhos de papel Descendo o rio encantado, que ainda amo tanto, Tanajuras catadas nas ruas ao início do verão, Bolas de sabão com canudos de cebolinhas verdes, Casulos de borboletas (esperava até que nascessem).
Tanto carinho e saudade dos meus brinquedos... Minhas borboletas, tanajuras, passarinhos, Peixinhos, vida vivida em plenitude... sonho real.
Sunny Lóra (guardado no pensamento desde menina) Julho 29, 2009