Tem mãos que acariciam
E oferecem flores a sua amada
E essas mesmas mãos
Espancam o seu bem querer
Até se sentirem cansadas
E a mulher que recebe a flor
Depois de sentir a dor
De uma pancada,chora...
Sem saber se ama ou se odeia
Sem saber se denuncia ou fica calada
Nessa angustia misturada ao amor
Nessa paixão misturada ao pavor
Essas Mulheres permanecem caladas
Ao preferirem o silencio
Correm o risco de serem abatidas
Pelas mesmas mãos
Que causam e lhes curam a ferida...
Por que do silencio e cabeças baixas?
Que mão são essas, de algoz ou protetor?
Que não é esse contido,que fica atravessado na garganta?
Será que a vergonha é maior que dor?
A esperança é maior que as feridas,
Ou o amor insiste, em acreditar nas flores, oferecidas?