E foi assim que eu passei...
Por entre os dedos do tempo
Diante do frio relento,
no brilho do parco luar,
No tenue balanço do vento,
Nas noites...sempre a te esperar.
Passei entre o escárnio do tempo,
Na luta, eu passei sem brigar,
Nas lágrima que contive no peito,
Em vão...passei sem mais nada esperar...
Passei pelo amor traiçoeiro
Na saudade...passei sem me lamentar
E sei que como passageiro
Passei com muito pouco a deixar...
Passei como uma nuvem que passa
Num céu que só deseja brilhar!
E o espaço...nesse meu tempo brejeiro...
Não teve como me amparar.
Passei...por voltas d'algumas revoltas
Ás vezes pus-me até a bailar!
Embora seja um ser que só passa...
Passei...mas eu posso voltar.