(Sócrates Di Lima)
AO LONGO DA VIDA,
Escrevi as minhas memórias,
nas minhas doces poesias,
em vontades resumidas,
nas minhas fatídicas histórias,
vividas todos os dias.
Fui menino, moço, rapaz,
homem feito ao longo da vida,
E hoje nos meus versos jaz,
Um aprendiz de poeta em noite mal dormida.
E nas cordas de um violão qualquer,
faço meus versos de infinita paixão,
Saudades tem sempre no fundo uma mulher,
aquela que roubou o meu coração.
Aquela que me encheu de amor,
fez-me cometer as maiores loucuras,
coisas que que na sanidade teria pavor,
se fizeram insanas pra lembranças futuras.
De lá para cá,
Na opção do Eu sozinho,
vivo aqui, ali, acolá,
como vive o mais audacioso passarinho.
E se surge na curva de rua um olhar perdido,
Procuro encontra-lo no meu olhar bandido,
Querendo trazer para dentro do meu abrigo,
Um novo amor talvez por ai, esquecido.
Quase não há mais resquícios de um amor passado,
que como toda alma o tem guardado,
Como o melhor que aconteceu no seu reinado,
De loucuras e prazeres dentro do abraço de um bem amado.
Ai! Que meu caminho segue sem destino,
Por estradas, caminhos e atalhos,
Na esperança de reviver o amor menino,
aquele amor inocente hoje cheio de retalhos.
E se me me encontrar por ai perdido,
ao som das cordas de um violão,
Numa musica qualquer de um belo sonido,
Saiba que estou aqui, aberto a mais louca paixão.