“SEM INFÂNCIA”.

  (Prosa poética).

 

Jovens... Ainda crianças,

Com um fardo de experiência,

Não teve infância nem inocência

Nem um peito para mamar...

Crianças com a esperteza

De um pirata do mar;

Cujo berço foi a rua...

Seu cobertor, os jornais,

A sua mãe qualquer uma

O seu pai... Nunca pronunciou

Esta palavra...

A sua dispensa foi sempre

O dispensável... Ou os restos!

Traz como referência

A desconfiança de todos;

Criança esperança...

Quando esta esperança há

Quando há uma lembrança

Quando para...  Para pensar;

Passa o dia vem à noite

Qualquer lugar é lugar...

Qualquer roupa é a sua

Qualquer viaduto é seu lar;

Qualquer menino é seu irmão.

Nem vale a pena planejar...

Qualquer condução lhe serve

Para ir para qualquer lugar.