Crio um olhar
todas as vezes que
debruço na janela.
O insignificante me
desperta e me torno
incansável,
não tente interpretar uma
linha dos meus escritos.
O que faço é libertar
a alma.
Na minha poesia
mora um pouco de cada
sentimento do dia.
Por exemplo hoje
enxerguei outro mundo
na tarde.
Tinha uma nuvem
que brincava de esconder
o sol que me admirava.
Pensei! Me viu, e descobriu
que brinco de ser poeta,
coisa que nunca fui.
Essa minha afirmativa
me trouxe risos.
Sou como o pendão da grama
que balança para embalar
O pássaro.
Ele come a semente,
eu desenho a paisagem.