De Costa da Mina veio, a africana,
Mulher, escravizada, alma marcada pelas dores e forte...
Passando pela Bahia, alforriada chegou a terras serranas,
Sem ter nas costas a lembrança do corte...
Nas margens do córrego bateava o ouro de aluvião...
Encontrou a primeira pepita do Serro,
Aqui descobriu o ouro, deu origem à exploração...
Mais tarde o córrego recebeu,
Então o nome de Quatro Vinténs
Valor da primeira pepita que se reconheceu...
Negra forra, do Ouro a Rainha
Dona de terras e também de escravos,
Era Jacinta...
Contam que era matriarca do arraial...
Seja pela riqueza ou pelos seus importantes descendentes,
Foi citada por Freyre no livro Casa Grande Senzala:
Como “Tronco Matriarcal”...
Mandou que a “Purificação” fosse construída,
Uma das primeiras igrejas da vila...
Mas não imaginava que no futuro seria demolida...
Janela do tempo, traços marcantes
Encontro de rosto, matéria e entalhes
O imaginar como tudo seria antes,
Pincela arte, registra a história e revela detalhes...