O Barulho da Chuva
(
Devaneio)
Acordei com o barulho da chuva,
Que caia sobre o nosso telhado,
Senti no peito uma grande ternura,
Porque tinha você ao meu lado!
Você dormia feliz satisfeito,
Plácido o rosto, os braços abertos,
Aconchegada de manso ao seu peito,
E senti seu carinho por certo!
Como é bom ficar assim ouvindo,
O barulho dos pingos descendo,
E sentir o seu doce carinho,
Os seus braços me envolvendo!
Amor, quando estamos juntinhos,
O tempo passa vertiginoso,
Se eu pudesse parava o relógio,
Para o tempo passar bem moroso!
Com o barulho da chuva caindo,
Nossos corpos num idílio amoroso,
Quais aves se amando no ninho,
Você beijando meus lábios, meu rosto!
Cessou a chuva se ouvem os pássaros,
Cada qual com seu canto mavioso,
A saldar mais um dia tão lindo,
Numa ode á um amor majestoso!
Linda Interação do poeta
Jacó Filho a quem agradeço de coração
TARDE CHUVOSA
O inverno atípico invade o calendário,
Fazendo das cobertas o melhor abrigo.
Quero sair, mas na chuva não consigo,
E nosso quarto vira um lindo relicário.
Protege-nos do frio, um longo abraço,
Otimizando no amor, à tarde chuvosa.
O ruído de pingos, em dança dengosa,
Confunde-se com sussurros, ao acaso.
O calor invade e se nutre dos desejos,
Anulando o frio, que já fora tormento.
A vida se agita aquecendo o momento.
O mundo lá fora, é menor que o beijo,
Calando os gritos de puro sentimento.
E nossas dores caem no esquecimento.