Por que posso, por mais que digam que eu não deveria
Choro
Pois me privaram de sentir, construíram barreiras e alicerçaram conceitos
Aos quais não
Poderiam
Choro, lendo um livro, vendo filmes, por amor, injúrias, desilusões
Quiçá
Com poesia
Choro
Pois seu ato de minimizar a minha sexualidade
É tão fútil
Quanto o que penso
Em prol da rebelia de ser o que não sou