Diante deste espelho, que copia,
noto que a ingenuidade está perdida...
Somente flui o pranto e a nostalgia,
neste reflexo atroz que encurta a vida.
Procuro o rosto onusto de alegria,
mas só escorre a lágrima atrevida.
Insisto, encaro e cobro o que queria:
tola atitude estúpida e suicida!
Espelho incauto, frio e deprimente,
poupe a verdade, abrande a indiferença,
deixe de expor a rígida sentença!
Não sugue o meu passado eternamente,
vamos fingir que o tempo nunca passa,
que a vida não se evade igual fumaça...
Janete Sales Dany
Atividade
Fórum do Soneto
TRILHA DE SONETOS LV
T7441501