DUETO

Terza rima

De moldura de um círculo de borda

Num castelo dançamos outra valsa

Enquanto a palidez te transborda...

Voamos às estrelas numa balsa

E, num toque de mãos neste dueto

Tua voz já recai sutil e falsa...

Desposamos o amor num leito preto,

À música de um místico cristal,

A carne se transforma em esqueleto...

Além de um grande beijo, a Lua assiste

No bosque teu escape surreal....

Não pode ser somente um sonho triste,

Foi mais uma vez a vida real.