O SAPO E SEU CHULÉ – (infantil)
(Desafio em redondes encadeados)
Se nas águas da lagoa
O sapo lavar o pé...
Imagine e, numa boa,
Me digam como é que é
Que o peixe vai aguentar,
Tendo ali que respirar?! ...
Pra não sentir o chulé,
Ele pula na canoa,
Se nas águas da lagoa
O sapo lavar o pé! ...
(Francisco de Assis Góis)
Porque na agua já vive,
O sapo não toma banho,
Pois da sujeita é livre,
E por ser seu melhor ganho,
Mesmo ante uma mulher,
O sapo não lava o pé.
Não achando que precise,
Permanece no engano,
Porque na agua já vive,
O sapo não toma banho...
(Jacó Filho)
Mesmo quem na água vive
Não está livre do chulé!
No lago ou no igarapé
Não há sapo que não pise
Em lama, ao passear
Ou quando vai namorar.
Por mais que ele se esquive
Vai lambuzar todo o pé.
Mesmo quem na água vive
Não está livre do chulé!
(Francisco de Assis Góis)
Para que lavar o pé
Se o sapo na água vive,
Embora tendo chulé,
Um cheiro que Deus nos livre?
Sempre que interpelado
Ele faz-se de rogado:
Isso é coisa de mulher!
Afirma sempre, em revide.
Para que lavar o pé
Se o sapo na água vive?
(Erivas Lucena)
Até a perereca disse
Que com o sapo não concorda:
- Fica longe de mim, “visse”?
Vou dormir e não me acorda,
Já stou com dor de cabeça!
Sai daqui, desapareça,
Vai pro sofá, não me atice
E nao bata na m’nha porta!...
Até a perereca disse
Que com o sapo não concorda!
(Francisco de Assis Gois)
O sapo não lava o pé
Pois nasceu de pé lavado
Ninguém sente seu chulé
Quando nada do seu lado
O sapo é muito exigente
E dos outros diferente
Dá lição no jacaré
Que não tem dente escovado
O sapo não lava o pé
Pois nasceu de pé lavado
(Humberto Cláudio)
Ele suja o pé lavado
Sempre que deixa a lagoa!
Pra paquerar, que safado,
Pererecas na taboa.
Então o sapo suja o pé
No brejo e vem o chulé,
E quem nadar ao seu lado
Não vai ficar numa boa...
Ele suja o pé lavado
Sempre que deixa a lagoa!
(Francisco de Assis Gois)
O sapo não lava o pé
Pois, não tem necessidade.
Mora lá no igarapé,
Desde sua tenra idade.
Não dá bola para mico,
Nem tampouco pro fuxico,
Que falam do seu chulé.
Viva a sua liberdade!
O sapo não lava o pé
Pois, não tem necessidade.
(Francisco Luiz Mendes)
Esse sapo é um folgado,
Nem sente o próprio chulé!
Não percebe, o abusado,
Que por todo o igarapé,
Corre o papo, não é fuxico,
Stá sempre pagando mico,
Pois todos têm reclamado
Do mau cheiro do seu pé!
Esse sapo é um folgado,
Nem sente o próprio chulé!
(Francisco de Assis Gois)
Sapo que não lava pé
Nem peixe vai aguentar.
Vai ter mesmo é chulé
Pode ser até no mar.
Se isso é da Natureza,
Fica assim, tudo beleza.
E se ele bota fé,
Nem vai se incomodar.
Sapo que não lava pé
Nem peixe vai aguentar.
(Chico Legal)
Mesmo assim o sapo é amado
Do jeitinho que ele é!
Mesmo assim, desengonçado,
Mesmo não lavando o pé...
É filho da natureza
E um ser de grande beleza!
Mesmo sendo um folgado,
Mesmo com todo chulé...
Mesmo assim o sapo é amado
Do jeitinho que ele é! ...
(Francisco de Assis Gois)
*Redonde é um estilo poético criado por Francisco de Assis Góis.
Conheça a sua teoria literária seguindo o link abaixo:
https://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/7124216
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Maravilhosa interação do PoetaLeo.
O COAXAR DO SAPO - redonde
Cada coaxar do sapo
Vem com um som diferente
Com seu pezinho lavado
Agrada sua pretendente
Sapo que não lava o pé
Um bom sapo ele não é!
Entendendo como agrado
Apaixona a concorrente
Cada coaxar do sapo
Vem com um som diferente...
(PoetaLeo)
Maravilhosas interaçoes do poeta Solano Brun.
"NÃO SEI SEI FAÇO AGRADO,
(PERDOA-ME A INTROMISSÃO.)
O MEU REDONDE DESTOADO
É UMA SIMPLES INSPIRAÇÃO!
ABAIXO, SEGUE A CANÇÃO
LÉCONCRE...CONCRECOMLÉ...
SÃO AS NOTAS DO VIOLÃO
DO SAPO QUE NÃO LAVA O PÉ.
O BELO CANTO
O alegre sapo vive cantando
Lécomcré...Concrecomlé...
À sua amada, alegrando,
Porque não lhe sente o chulé.
Mesmo caindo a garoa,
O sapo não deixa a lagoa!
E os Poetas desse Recanto,
Não aguentam o seu chulé,
Mas, escutam seu belo canto:
Léconcré... Concrécomlé...
(Solano Brum)
O Sapo não vive no lixo...
Nesse Recanto, é bem cantado.
Mas, se estivesse no jogo do bicho,
Decerto, seria cotado!
Somente um Sapo encantado,
Foi exaltado e cantado,
Pelos Poetas desse Recanto...
Mas, se estivesse no jogo do bicho,
Decerto seria cotado!
(Solano Brum)
TUDO SOBRE O SAPO
Sobre o sapo, eu tudo sei...
Silvio Santos que narrou,
A história do Sapo Rei,
Muito dinheiro ganhou!
O Sapo, lá na Lagoa,
Não fica só de bobeira...
Prá agradar sua patroa,
Ele canta a noite inteira!
Do famoso @ponto com
O coitado nem desconfia.
E se a sapa passa batom,
Ao seu passar, ele assovia!
Para ela, manda canções,
Em emboladas rimas a fio...
Se soubesse das inovações,
Dispensava-lhe o assovio!
Tentando ser famoso, quis
Estudar para ser Poeta.
Mas, o coitado do infeliz
Nunca atingiu sua meta.
Poeta precisa estudar...
O sapo nos chama atenção,
Sobre "como" aprimorar,
A tão afamada inspiração!
Laranjeiras, Bairro Nobre,
Cujo vocábulo, jamais soa
Suave na boca d'um pobre...
Não de quem mora em Lagoa!
Lá no Colégio Sant Creque,
-Que só matriculava meninas,
Não poderia aceitar o pixulé
Nem com as preces divinas!
Triste, retornou saltitando,
Dando ponto final em tudo.
Só a consciência, escutando:
Sapo não pode ficar mudo!
Ao chegar, pôs-se a cantar
O leconcré... Concrecomlé...
Foi repetindo, sem parar,
Por só conhecer a nota Ré!
Dizem que, foi marinheiro
E ficava sozinho, na proa
D'um belo barco pesqueiro,
Com seu cantar, numa boa!
A história, é mero encanto...
Sua cabeça, nem tem coroa!
Mas, os Poetas desse Recanto,
Exaltam o Cantor da Lagoa!
(Solano Brum)
O Sapo não vive no lixo...
Nesse Recanto, é bem cantado.
Mas, se estivesse no jogo do bicho,
Decerto, seria cotado!
Somente um Sapo encantado,
Foi exaltado e cantado,
Pelos Poetas desse Recanto...
Mas, se estivesse no jogo do bicho,
Decerto seria cotado!
(Solano Brum)
O SAPO E A NAMORADA
O sapo durante a noite
Faz serestas à namorada.
Mesmo que o vento o açoite
Garboso enfrenta a rajada!
Com um cigarrinho no pé
Pernas cruzadas e o violão,
Ele canta o "Concreconlé"...
Sem destoar sua canção!
No raiar da madrugada,
Ele põe o violão no saco...
Despede-se de sua amada,
Já se sentindo um caco!
E lá na toca, passa o dia,
Sem ter mais o que fazer
Compondo sua Poesia,
Ansiando o anoitecer!"
(Solano Brum)
Maravilhosa interação do poeta Jacó filho.
A SORTE DO SAPO - redonde
O sapo ficou famoso,
Apesar de seu chulé,
Então canta orgulhoso,
Mesmo sem lavar o pé.
A quem o chame de rã,
Depois de virar seu fã,
Vendo-o tão venturoso,
Assediado por mulher.
O sapo ficou famoso,
Apesar de seu chulé...
(Jacó Filho)