Quero me desfragmentar.
Fazer - me autêntica
Juntar os pedaços
E reorganizar me a meu modo.
Quero ser canção,
mas também a melodia.
Quero ser o livro e habitar nas palavras
Mas mais do que isso, quero ser o entendimento de quem lê.
Quero ser o eu de outrora,
Com o eu de agora..
Quero ser o âmago de mim mesmo
Essa aflição de sentimentos
Entre tristeza e contentamento
Quero ser ilha
Mas habitar todo um continente
Não ser mais passado
mas estar um passo a frente.
Não, não almejo ser o sol
Quero apenas ser raios quentes.
Se tiver que ter lágrimas
Que sejam de ternura
Se tiver que ser adeus
Que não seja de partida
Mas de recomeços.