(Por Érica Cinara Santos)
Falas a mim, tu, ó alma minha
Em frases ditas pelos ares e em silêncios
Em vãos de palavras, em entrelinhas
Do que acato deste mundo e do que dispenso
Tenho andado a espiar-te ultimamente
A olhar-te secretamente pelas frestas minhas
Ando no encalço dos teus rastros, de repente
Para entender-te ao saber com o que te alinhas
Se ainda torno os temores tão intensos
Perdoai-me, mansamente, ó minha alma
Sou aprendiz sobre o que sinto e o que penso
E nesta estrada em que andarilha ainda me faço
Peço a tua calma novamente, ó minha alma
Pois ao buscar-te, assim intensamente, encontro a mim mesma nos meus passos.