Alguns desses sensos de sabor que se levantam
Me temem como temo o labor de apenas ficar
Me temem quando digo que a vida apenas se afina
Sensos me decoram dia a dia com certezas de película fina
Querem dizer que não posso apenas me inverter
Dos contrassensos não me servir e por eles não me promover
Me promovem quando digo que a vida apenas refina
Sensos me coram a face se a convicção me confina
Alguns desses sensos puramente abjetos têm pescoço, mas não cabeça
Não padeça deles o espaço para construir e dizer não - pertinentemente
E consequentemente ser a latência da vida que a mim perscruta
Objetivando ser ela também uma animosidade bem além de minuta
Desde que o gostar me remete a mim em meu tempo frequente e frequentemente,
Não lamente a gramatura do potencial sentenciado de meu senso ao pesar e pesar
Cobrando dela o que pode a vida promover, cercar, antever e ciclicamente reciclar
Sempre que seja tão impávida em sobrevida e curta para nela se eximir de se machucar.
Alguns desses sensos de sabor são gostos meus.