Eu não vou chorar o que já chorei,
Não vou suportar o que já suportei,
Mas se for para pegar no arado,
Farei tudo outra vez.
Eu não vou repetir o ato que falhei,
Não vou calcular a conta que já liquidei,
No entanto caminharei pelas vielas,
Onde me restaurei.
Não vou tão longe como antes por teimosia,
Não vou chorar o pranto que somente proporcionou nostalgia,
Mas por amor farei de cada instante, minha alegria.
Eu não vou errar onde já acertei,
Não vou esquecer do fruto que plantei,
E se por ventura eu sentir frio, me agasalharei.
Eu não vou omitir o que já declarei,
Não vou calar o que tanto falei,
E quando a revelação me chamar, eu expressarei.
Eu não vou seguir o que me tirou a direção, Não vou cegar os olhos da gratidão,
E para todo aquele que me respeitar, doarei o coração.
CarlaBezerra