Sozinha, na tristeza dos meus dias,
contemplo a porta aberta, a liberdade...
O peito dói, saudade que me invade
e inunda as madrugadas bem sombrias.
Lá fora, um mundo intenso de alegrias
impera um renascer que nunca evade.
Sou pássaro tristonho, enfrento a grade,
e não sei ocultar as mãos vazias...
À noite, quando deito em minha cama,
a realidade surge e se esparrama —
o incerto se aprofunda em minha mente!
Senhor, perdão, o amor ainda é chama,
dentro do coração e se derrama,
nos versos que componho eternamente...
Janete Sales Dany
Atividade
FÓRUM DO SONETO
TRILHA XLI-
HORÁCIO DÍDIMO
*A PORTA*
*Horácio Dídimo*
(A Nave de Prata, 1991)