A crueldade é humana
e a liberdade
faz-se de metal
haja o amor que houver
ainda assim os nenúfares
são sempre o vislumbrar
do fim das penas
do regresso à normalidade
dos métodos em que vivemos
e deles nos valemos
para aguentar as investidas
das guerras sujas
que entram
pelo desmembramento
das noções de protecção
no tempo e hora necessário
e o amor é apenas o desejo
de cumprir o dinheiro
para ancorar
no nosso porto de abrigo
isso me faz viver
nunca o isolamento social
poema 25 de 65