VERSEJANDO NA NOITE
A noite desceu...
Tão fria e sombria
Saudades brotando,
Nas cordas vazias
Do meu coração.
E nasce a poesia...
Nos meus verdes anos,
Em noites pueris
Nos cumes serranos,
Senti-me feliz...
Os futuros planos,
Em versos, eu fiz.
As noites calientes
No amado sertão
De céu estrelado,
Que me viu semente,
Rimaram nas fibras
Do meu coração.
Terra Alencarina.
É noite sombria...
O cheiro de chuva
Tão me contagia...
E no coração,
Nasce uma poesia.
*
Maria de Jesus Araújo Carvalho
Fortaleza, 18/05/2021