Nos dias difíceis
de entender outros
atitudes de nada
no desdém do vazio
algo igual a tanta ferida
e amargo desencanto
e isolo as estradas
num caminho interrompido
pela falácia
discurso miudinho
de quem foi assim
vazio quando
se pedia a transbordar
nem precisava ser de amor
apenas presença útil
sem desprezo ou nada
e o ar alivia
nesta prisão de amor povoada
sem nada para além
da mera normalidade
sem preceitos ou defeitos
apenas está bem a presença
sem os costumes
nem os queixumes
o corpo de nada vale
numa alma desidratada
e eles enchem-se de paz!
Poema 17 de 65