É preciso enxergar
Por um prisma diáfano
Aquela beleza exposta,
E disposta a te amar.
Para não nadar, nadar,
E morrer à beira da praia,
Sem ao menos mergulhar.
Não queiras eclipsar
Esse momento íntimo,
Com tua fugaz lanterna,
Os fulgores daquele Sol
Que deseja brilhar
E te consumir por inteiro,
Num imperceptível deslizar.
Só assim terá valido a pena provar e contemplar o vasto orvalho que brota de cumes dantes nunca tocados.