Rio que deságua

Molhando o sentimento

Eu choro aqui no peito

Em forma os momentos

Descendo molhando o solo

A poeira batizando o barro

Em gotas de saudades

Minha alma voa longe

Eu choro rio de tristeza

Nesta terra que tanto amo

Minhas canções são tristes

Mas no peito belo amor

Jorrando o perfume

De minha essência

Sobre o solo

Eu rogo minha fé

De joelhos o rio corta

Vem lavando ribeirão.

Minha canção é triste

Vem varrendo sentimentos

Desta terra que almejo

O solo ser meu sustento

Eu amo meu Sertão

Eu amo meu Sertão

Jurei nunca sair daqui

De joelhos ao céu imploro

Que o céu chores por mim

Eu amo meu Sertão

Eu amo meu Sertão.

O meu coração bondoso

Salva o rico salvador

Lá distante vejo a nuvem

Já se alegra meu coração

Não dispenso a bonança

Minha fé cresceu aqui

Neste palco o momento

Fala a alma que implora

Um sorriso abranda o ego

Vem rasgando ribeirão

Desce no peito mar adentro

Em reverência o nobre irmão

Aplaudindo seu Sertão.