Falo das mãos como um mito
Das mãos sementeiras da paz
Não são mãos, são ritos
Mãos que a beleza traz
Mãos postas em louvor
Mãos que podem salvar
Quando tocam com amor
São mãos de todo amar
Há mãos que tiram a dor
Algumas fazem sonhar
As mãos que quero falar
São as armas do lavrador
De uma terra a semear
E as mãos de um criador
Que encantam só de tocar?
Fazem a arte nascer
Em pinceis ou no malho
São mãos para agradecer
A criação do trabalho.
E neste meu escrever
Simples e despojado
Lembro de todas as mãos
Que assinaram tratados
Buscando nos resultados
A paz estabelecer
E que não nos faltem as mãos
Do Criador de tudo
Falo do Dono do mundo
De tudo o que foi criado
B a t