Eu te peço desculpas querida, porque eu não sei me expressar de outro jeito!
Sim: eu tenho inteligência suficiente para entender a complexidade da questão,
mas, como não me reportar a ti tratando-a por "linda", por "divina", por "querida"?
Como? Diga-me como...
Porque se acaso todo este romantismo entrega as animosidades e atrocidades do machismo, eu queria, sinceramente, que você abrisse uma concessão a mim. É possível meu amor?
Quando ouvires eu chamar teu nome, seguido de adjetivações que antes de serem palavras, são verdades inexoráveis à minha percepção, adjetivos estes tais como "bela", "gloriosa" ou "bonita", creia: todos eles vem carregados com o carinho e o amor sincero que por ti sinto.
Um amor temperado com fascínio desvairado confesso. Mas que não invalida!
Perdoe-me meu amor, porque... não que eu não saiba mulher, não que eu não saiba... mas, diante de ti, eu não quero me expressar de outro modo.
São José, 20 de janeiro de 2021
Cleber Caetano Maranhão