De chapéu de aba larga
calça de couro com margaridas,
presa com uma guaiaca
e sua faca atrás na cintura.
Sob as patas de seu cavalo
e no comando das rédeas,
entra em meio à mata
atrás de uma novilha.
Com marcas de telegramas nas mãos,
feitas pelo laço que carrega na sela,
um peão de aparência encanecida e olhar austero,
Ainda com o gosto amargo do tereré na garganta segue à frente da boiada, tocando seu berrante
dando continuidade à marcha, em meio ao estradão.
Barulhos de cascos, roçar de chifres,
gritos de peões, o balançar de sinos dos polaqueiros,
segue a comitiva.
Entre uma parada e outra, continua o trabalho em seu laço, trançando seus tentos, ajeita o arreio no seu cavalo, volta pra lida.
Velho peão não se aguacha
de sair à frente de comitiva,
enfrentar o pó do estradão.
Velho guapa cheio de experiência,
despreza o perigo e a dor,
velho peão...velho rústico.