Engole-me a paisagem nesse tempo
de puros amores e açucenas,
envolvidos de belezas e atavios...
Meu poema é fundo e nele doem
os fardos da vida que carrego
sem reclamar; vivo, logo, viva!
Viver é uma dádiva do não conhecer...
O que fazer para sobreviver
se a luta é árdua e o leão não morre?
Socorra-me o amor, em acordo com a dor
que perscruta e invade o prazer de viver.
Mas nas trevas tudo é dúvida...
Somos carne e osso. A carne morre comigo
e o amor não me pertence. Mas só uma mulher
me resolve no meio dessa carência...