Comecei na dor muito cedo...
No princípio, explodi na ambivalência Deus/matéria.
Foi só a dor do começo.
Doeu mudar o calor cativado...
Doeu revolver o escuro e resvalar na luz...
Doeu a consciência da incerteza...
Maior, no entanto, que a dor do eu
foi retornar à matéria
depois de ser, também, um pouco de Deus...
E esta dor me acomete sempre que se repete
o cisma do recomeço...