ainda lembro do gosto da tua poesia
na minha boca ácida terrosa crua
e lida em voz alta
no enleio do verso
tua voz grave
gaudéria manhã
na reticência da minha memória
cada palavra úmida
toda palavra absurda
numa única palavra sem rumo
contundente evola
retumba troveja prateia
palavra única
entalhe
e fausto
e seiva
na ponta da língua
teu nome