eis que a terra que abraças
como fosses tua,
te enches de graça,
como teus olhos, diante da lua.
nessa tão imaculada boa vista,
onde chove sol todos os dias,
paira no ar o aroma do alquimista,
chora um coração que outrora ardia.
ah! porque te vais poeta?
se tens aqui a tua musa predileta.
o poeta, ainda macambúzio, tristonho,
entre o infindo pesadelo e o desejado sonho
como se alcançasse o cadafalso em seu último degrau
onde, se ali, pudesse escrever as suas últimas linhas
responde: mesmo essa terra não sendo a minha,
é deveras, um amor sublime, verdadeiro, abissal.