FIRMAMENTO AFLITO
Derramo a vida na saudade fria,
queria amor e de repente o nada!
Perdi o abraço, a fantasia atada
Converto a lágrima em fulgor, poesia...
O céu sem cor, o temporal na estrada
A dor magoa, a primavera, o dia...
Relembro o tempo, o coração sorria,
Sentia a luz... Intensamente amada!
Agora vultos encobrindo as flores,
a mente busca a nostalgia, as cores!
E rasgo a foto amarelada e grito!
Saudade enlaça, inquietação, vazio,
o pranto desce, imitação de rio...
Suspiro e fito o firmamento aflito!
Janete Sales Dany
Soneto@ todos
os direitos reservados11/07/2020 17:06 horas